Je suis Josiane... Que bom que você veio! Este Webfólio foi construído com o intuito de expandir o conceito de Avaliação e simultaneamente levá-los a reflexão sobre o tema. Para tanto é disponibilizado: textos, mapa conceitual vídeos, charges e imagem. " Avaliação da aprendizagem escolar como componente do Ato Pedagógico. É um somatório de: Avaliar, Planejar e Executar. O que muda é o objeto." (Cipriano Luckesi)
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015
Hitler Reprovado em Estrutura de Dados
Este é o resultado da Avaliação? ...Há controvérsia ... não fizeram o feedback? Harg! Não houve upgrade no paradigma.
Pedagogia Libertadora de Paulo Freire
A Rainha e o Espelho
Texto Reflexivo sobre Avaliação
Sugerido por: Profº Dr. Joseval M. Reis
(Adaptado
de Utilization-Focused Evaluation. Londres, Sage Pub.,1997, de Michael
quinn Patton)
"O que é um espelho? É o único material inventado que é natural. Quem olha um espelho, quem consegue vê-lo sem se ver, quem entende que a sua profundidade consiste em ele ser vazio... esse alguém percebeu o seu mistério de coisa."
Um olhar para o futuro é Avaliar como condição para a converção de prática e para restruturar o processo de ensino aprendizagem.
“Era uma vez…
Uma rainha que vivia em um castelo.
Ela tinha uma varinha mágica que fazia as pessoas bonitas ou feias, alegres ou
triste, vitoriosas ou fracassadas. Como todas as rainhas, ela também tinha um
espelho mágico. Um dia, querendo avaliar sua beleza, também ele perguntou ao
espelho:
- Espelho, espelho meu, existe alguém mais bonita do que eu?
O espelho olhou bem para ela e respondeu:
- Minha rainha, os tempos estão mudados. Esta não é uma resposta assim tão
simples. Hoje em dia para responder a sua pergunta eu preciso de alguns
elementos mais claros.
Atônita, a rainha não sabia o que dizer. Só lhe ocorreu perguntar:
- Como assim?
-
Veja bem, respondeu o espelho – Em primeiro lugar, preciso saber por que Vossa
Majestadefez essa pergunta, ou seja, o que pretende fazer com minha
resposta. Pretende apenas levantar dados sobre o seu ibope no castelo? Pretende
examinar seu nível de beleza, comparando-o com o de outras pessoas ou sua
avaliação visa ao desenvolvimento de sua própria beleza, sem nenhum critério
externo? É uma avaliação considerando a norma ou critérios predeterminadas? De
toda forma, é preciso, ainda, que Vossa Majestade me diga se pretende fazer uma
classificação dos resultados.
E continuo o espelho:
- Além disso, eu preciso que Vossa Majestade me defina com que bases devo fazer
a avaliação. Devo considerar o peso, a altura, a cor dos olhos, o conjunto?
Quem devo consultar para fazer essa análise? Por exemplo: se utilizar
parâmetros nacionais, poderei ter outra resposta. Entre a turma da copa ou
mesmo entre os anões, a branca de Neve ganha estourado. Mas, se perguntar aos
seus conselheiros, acho que minha rainha terá o primeiro lugar. Depois, ainda
tem o seguinte – continuou o espelho: – Como vou fazer essa avaliação? Devo
utilizar análises continuadas? Posso utilizar alguma prova para verificar o
grau dessa beleza? Utilizo a observação?
Finalmente, concluiu o espelho: – Será que estou sendo justo? Tanto são os
pontos a considerar…”
Ser professora: avaliar e ser avaliada
Texto comentado:
ESTEBAN, Maria Tereza. Ser professora: avaliar e ser avaliada. In: ESTEBAN, Maria Tereza (Org.). Escola, currículo e avaliação. 2. ed. São Paulo, Cortez, 2005, p.13-37.
Avaliar faz parte do processo de ensino e de aprendizagem. O fundamental é transformar a prática avaliativa em prática de aprendizagem.
“Avaliar, como tarefa docente, mobiliza corações e mentes, afeto e razão, desejos e possibilidades.” È uma tarefa que dá identidade à professora, normatiza sua ação, define etapas e procedimentos escolares, media relações, determina continuidades e rupturas, orienta a prática pedagógica. ”[...] pág. 14.
Usar a razão no processo de avaliação e não se
deixa envolver pela emoção visando sempre à qualidade do aprendizado.
[...]
“A avaliação classificatória não proporciona espaços significativos para um diálogo
profundo em que o processo e seus resultados possam ser compartilhados pelos
sujeitos nele envolvidos.”pág. 14.
[...]
“conjunto de praticas sociais que tomam o conhecimento como meio para manipular
e dominar o mundo [...], atos que definem a qualidade.”.
[...] “o sujeito que conhece precisa
distanciar-se do objeto de conhecimento, produzindo uma distância empírica e
uma distância no processo de avaliação [...]”pág. 15.
Quando
não existe a intenção de melhorar a aprendizagem, proporcionando um retorno ao
aluno pós-avaliação, com oportunidade de corrigir o que errou, o processo
torna-se excludente, colocando o mesmo a margem da sociedade.
[...]
“interpõem-se instrumentos e procedimentos – provas, testes arguições,
exercícios, fichas, boletins – com a finalidade de aferir o conhecimento que o
(a) estudante possui.” Pág.17.
[...]
medir o conhecimento para classificar os (as) estudantes [“...] dinâmica que
isola os sujeitos, dificulta o diálogo, reduz os espaços de solidariedade e de
cooperação e estimula a competição.” [...] pág. 17 e 18.
O
valor atribuído em uma avaliação não é sinônimo de aprendizagem, mais contribui
para dois estremos: impulsiona o individuo para a aprendizagem ou rotula o
mesmo como incapaz, fomenta a aversão ao estudo, fragiliza, põe o individuo a
margem da sociedade.
[...]
“A avaliação, assim considerada, não se refere à aprendizagem e ao ensino como
processos interativos e intersubjetivos, mas sim ao rendimento como resultado
verificável (Barriga, 2001), que pode ser medido, nomeado, classificado e
hierarquizado.”[...] pág. 18.
[...]
“A professora é apresentada como o sujeito que atua sobre os alunos e alunas
transformados em objetos de conhecimento no processo avaliativo.” [...] pág.
19.
“Ainda
que as relações sejam verticalizadas [...] no cotidiano há interpenetrações e
as fronteiras mostram-se lugares de trânsito por espaços discursivos
transitoriamente definidos.” Pág. 20.
[...]
“A professora avalia, processo em que expõe resultados que classificam os
sujeitos, definindo sua integração, exclusão ou tentativa de recuperação”.
Simultaneamente, essa avaliação permite verificar o rendimento da professora.
[...]
“Ao avaliar também é avaliada.” Pág. 20 e 21.
[...]
“A relação intersubjetiva baseada na classificação propõe transformar o outro em objeto.” Pág. 21.
A
avaliação é de fato uma via de mão dupla no que se refere a alunos e
professores, quando há bastante reprovação em uma dada disciplina o professor também
sofre as consequências sendo rotulado, de ter didática ruim, às vezes é
verdade, mais difícil é ambos declararem suas limitações e procurar soluciona-las,
acha-se mais fácil rotular o outro.
[...]”
o processo escolar de avaliação se tece. Teia que liga estudantes, professoras,
família [...] e tantos outros elementos quantos possam estar relacionados ao
cotidiano escolar.” Pág. 22.
Por
isso é complexo a mudança de mentalidade no que se refere à avaliação, mais não
é impossível.
[...]
avaliando e sendo avaliada, a professora vai aprendendo duas lições
contraditórias: é preciso classificar para ensinar; e classificar não ajuda a
ensinar melhor, tampouco a aprender mais- classificar produz exclusão e para
ensinar é indispensável incluir. ”[...] pág. 23.
É
necessário que se tenha atitude, ou seja, dentre as formas de avaliação
escolher a que mais oportunize o aprendizado.
“Muitas
são as mudanças [...] nova possibilidade de análise da aprendizagem e da
avaliação dos alunos e alunas como sujeito que aprendem, porém a classificação
ainda articula todo o processo.” Pág. 28.
[...]
"A avaliação qualitativa, apresentando novos horizontes, traz desafios que
podemos enfrentar vinculando nossa discussão ao movimento em que se tece o
conhecimento emancipação.” Pág. 29.
É
necessário um esforço conjunto, de todos os envolvidos no processo aprendizadoensino
para formar um novo paradigma, que estimule o aprendizado e o processo
cognitivo.
[...]”
avaliação como uma prática de investigação, como uma possibilidade de distanciamento
da avaliação classificatória “[...] pág. 30.
[...]”
conjunto de práticas escolares e sociais que enfatiza a produção do
conhecimento como processo realizado por seres humanos em interação “[...] "A
avaliação realiza-se com a compreensão de que o ato do conhecimento e o produto
do conhecimento são inseparáveis.”pág. 30 e 31.
O
intuito deve ser o de estimular o sujeito a aprender a aprender, e não mensurar
o conhecimento com a inequívoca intenção de excluir.
[...]”
a intenção [...] melhor compreender e interagir. ”pág. 32.
[...]
“avaliar é indagar e indagar-se num processo compartilhado, coletivo em que
todos se aventuram ao conhecimento buscando o autoconhecimento [...] a
interação sujeito-sujeito é indispensável e insubstituível.” Pag. 34.
Estimular
a troca de saberes, fazendo com que o aluno torne-se um sujeito critico.
[...]
“a avaliação pretende promover uma reflexão que participe da experiência de
ensinar com e de aprender com, tecida coletivamente na sala de aula [...] nos tantos
outros lugares [...] para realizarem junto um trabalho que visa à ampliação
permanente dos conhecimentos.”pag. 35.
Agora
é só por em prática os novos saberes.
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